A enorme volta do Children Collide. E um papo rápido sobre Melbourne, na Austrália, onde a banda está inserida

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* Quando vêm recomendações de bandas de Melbourne, Austrália, a gente para tudo e vai ouvir correndo. Ô terrinha para produzir música boa, banda boa, artista legal, cena esperta, lojas de discos chapantes.

Dois exemplos bem bestas, duas coisas aleatórias que eu vivi em Melbourne na década passada fui enxergar aqui em São Paulo tempos depois. A cena de “rooftop” (para música eletrônica, para indie rock, para cinema, para literatura…) e a cena de café (CAFÉ!!!), de assinatura, em grão, moído, dentro de loja de cintos, de borracharia, em kombi hippie, café indie vendendo em show nas barraquinhas de merchan das bandas.

Mas primeiro queria dizer que a comparação aleatória de Melbourne com São Paulo nem é tão aleatória assim. Acho que não tem cidade no mundo, pelo menos as que eu vi, que seria tão parecida com São Paulo (SE São Paulo tivesse dado certo) como Melbourne. Pandemia à parte, lugar pulsante, tudo acontece, aglutinadora de tendências para o bem e para o mal, restaurantes absurdos, arte urbana. Claro, cada qual com seu grau.

Melbourne tinha um centro da cidade decrépito, abandonado, violento, um rio enorme poluído, com seu entorno por isso inabitável. Não tem mais. Ocuparam o centro, limparam o rio, ao longo de sua margem virou parque, áreas para bares e restaurante, regiões de moradia.

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E Melbourne, agora entrando no real propósito deste post, tem o grupo Children Collide. Tinha e tem. E precisou o brother Luiz Thunderbird gritar que eles tinham acabado de lançar um single inédito, “Trampoline”, para eu lembrar que a banda existia.

Eu tinha apagado o Children Collide, famoso duo indie australiano lá por 2010, que já foi um trio oficial e deu uma desaparecida geral e saiu do radar do… digamos… Ocidente. E olha que às vezes escutamos a rádio Triple J por aqui e quase nunca rolou Children Collide por lá.

“Trampoline” vem a ser um single do primeiro álbum deles em nove anos, “Time Itself”, que vai ser lançado em breve, ainda sem muitos detalhes. E essa nem é o primeiro som deles dessa retomada. “Trampoline” é a terceira música deste disco novo, na real. Teve dois singles lançados no ano passado. E esta, agora em 2021.

“Trampoline” é muito boa. Para descrevé-la fico com o que disse o líder do trio, Johnny Mackay, o cara da foto acima: “Soa como os Beatles no final de carreira misturado com o Smashing Pumpkins do começo”. Baita precisão. E o vídeo é bom também. Valeu, Thunder.

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