“Análise Popload”. O Daughters e a teoria do show “filho único” no Brasil

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* No mês passado, destacamos aqui na Popload o excelente vídeo que os americanos do Daughters lançaram para o single “Less Sex”. Apesar de estarem ativos desde 2002 (com um “breakup” entre 2009 e 2013), era apenas o primeiro registro visual da carreira da banda. A faixa veio do aclamado “You Won’t Get What You Want”, o primeiro disco deles em 8 anos, e uma mistura quase psicopata de noise rock e industrial. Mas, com muito bom gosto, claro. É o tipo de som difícil de digerir, mas mais dificílimo de largar depois que você começa a gostar.

Agora em fevereiro, o Daughters está fazendo turnê pelos EUA, em shows pequenos e com ingressos disputados – muitos já esgotados. Pelo que se comenta por aí, a banda está melhor do que nunca, criando uma atmosfera de “tremenda alegria e tragédia” no show, nas palavras de um jornalista de Washington DC. Boa parte disso se deve, claro, à inclusão do álbum novo no repertório.

E parece que alguém aqui no Brasil está reparando em tudo isso: o selo paulistano Balaclava Records anúncio show do Daughters em São Paulo, no Fabrique Club, para o dia 12 de maio. Ao que tudo indica, vai ser um daqueles imperdíveis shows “filho único”, de grupo que só vem para cá com um alinhamento muito milagroso de fatores logísticos, e provavelmente não volta nunca mais – assim como foi o Dillinger Escape Plan em 2016, o Neurosis em 2017, e nosso Nick Cave & the Bad Seeds em 2018.

Também daria para incluir nessa lista todos os shows que o Nine Inch Nails já cancelou no Brasil, mas isso é uma outra história, mais complexa.

De novo, para quem quer ter uma ideia de como é o Daughters ao vivo, o vídeo abaixo ajuda:

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* As fotos deste post (inclui a da home da Popload) são de Nathaniel Shannon. Ambas de show recente no Brooklyn, em NYC.
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