* The Grohl.
* No vapor de toda essa comemoração dos 20 anos do “Nevermind”, o disco seminal do Nirvana, o ex-baterista da mitológica banda e atual rock planetário Dave Grohl, importante nos processos todos, também é supernotícia.
Amanhã é lançado nos EUA e na Inglaterra o livro “This Is a Call: The Life and Times of Dave Grohl”, biografia do líder do Foo Fighters, um dos principais grupos do mundo hoje, um dos shows mais bombados e a caminho de tocar no Brasil em abril de 2012.
Na biografia, escrita por Paul Brannigan, ex-editor da famosa revista de rock pauleira (com licensa, Globo) “Kerrang”, Grohl conta a história que emergiu forte nos últimos dias sobre uma quase saída do então baterista do Nirvana, isso em 1993, porque ele teria ouvido conversas de Kurt Cobain insatisfeito com seu trabalho.
Grohl revela ainda, parece, que não era muito satisfeito no Nirvana, porque aparentava não sentia muito fazer parte da banda, por ter entrado depois de sua formação e no meio do processo de feitura do “Nevermind”.
O agora guitarrista conta ainda que o Nirvana teve dois momentos, duas fases enquanto estava sentado à bateria da banda. Um em que ele se sentia isolado porque Cobain e o baixista Krist Novoselic tinham mais afinidades e a banda era realmente deles. E outra quando pintou a Courtney Love na história, casando-se com Kurt e dividindo o Nirvana em dois grupos: Grohl e Novoselic vs. Cobain e Love.
“Kurt era foda de lidar. E eu ouvi ele falando o quanto meu trabalho de baterista na banda era uma merda”
Grohl lembra ainda no livro, com um resquício de ódio, o episódio em que Novoselic teria dado “um recado de Cobain” para ele tocar bateria tipo o Dan Peters, do Mudhoney.
Depois dessa, Grohl ficou com a decisão tomada de sair do Nirvana, mas foi convencido a ficar pelo tour manager do Nirvana, Alex McLeod, e encarar a banda apenas como um “trabalho”, sem muitas expectativas.
“Eu só queria tocar minha fucking bateria. Não queria fazer parte daquela loucura em que se transformou a banda.”
Por isso que eu achei o Dave Grohl pouco à vontade em todos esses atos recentes de comemoração do “Nevermind”. Inclusive no show “Nevermind Live”, em Seattle, em que Novoselic foi o mestre de cerimônias e o outro Nirvana vivo nem deu sinal de participar por causa de um show do Foo Fighters, Grohl gravou um vídeo sem nenhuma empolgação para passar na festa.
Vamos ver o que mais sai dessa biografia de um dos caras mais gente-fina da história do rock.
E ONTEM, no programa do entrevistador americano Jimmy Fallon, Dave e a galera do Foo Fighters participou como “banda de apoio” de Roger Waters, ex-baixista e um dos vocalista da histórica banda inglesa Pink Floyd, tocando a ultrafamosa “In the Flesh”, faixa do mais ultrafamoso ainda disco “The Wall”. Jimmy Fallon está promovendo em seu programa a “Pink Floyd Week”, nesta semana em que uma das mais famosas bandas do rock vê relançados os 14 discos de sua carreira seja em CD, DVD e no iTunes.
Na segunda-feira, o grupo indie americano The Shins foi ao programa tocar “Breathe”. Hoje, quarta, é a vez do MGMT aparecer para representar “Lucifer Sam”. Amanhã um cantor country, Dierks Bentley”, executa “Wish You Were Here” e na sexta o Pearl Jam desempenha a lendária “Mother”.